O F-1 quase sempre foi e até os dias de hoje é o carro mais rápido do planeta dentro de uma pista de corridas, mas quando o assunto é velocidade pura os F-1 são tão dominantes assim?
Sempre comparados com seus irmãos da Indy (veja nossa matéria sobre o assunto) que podem facilmente ultrapassar velocidades superiores aos 380 Km/h ao longo dos ovais presentes em seu calendário, vamos ver e comparar o quão rápido os F-1 podem ser em uma lista com as evoluções ao longo dos anos.
O poder da era Turbo
Em 1987 em pleno auge dos motores turbo que dominavam a F-1, o brasileiro Nelson Piquet nos treinos para o GP de Monza travou uma grande batalha pela pole position com seu companheiro, rival e concorrente direto ao titulo Nigel Mansell (leia aqui sobre o leão) juntamente com a jovem revelação Ayrton Senna então na Lotus.
O brasileiro usou tudo que o seu poderoso motor Honda RA166-E V6 Turbo com assombros mais de 1000cv em configuração de qualify marcando a velocidade de 352.135 Km/h, cravando a pole para o GP italiano, com Senna em segundo utilizando o “mesmo” motor Honda em seu Lotus.
Os V10 que gritavam forte nas retas
Em 1998 já com os motores V10 como principal motor da categoria, as flechas de prata da McLaren que eram equipadas pelos motores Mercedes voaram baixo em plena casa de seus fornecedores no GP do Hockenheim.
O escocês David Coulthard durante os treinos livres chegou a incrível velocidade de 356,5 Km/h, porém um jornal finlandês registrou a marca de 358 Km/h nas longas “retas curvas” do circuito alemão.
A segunda marca registrada é bem mais próxima da velocidade alcançada pela McLaren de Coulthard, uma vez que dito em entrevista por Norbert Haug, que a aceleração continuou por mais 80 metros após os speed traps das emissoras de Tv, sugerindo velocidades acima de 360 Km/h.
Na quele mesmo ano Rubens Barrichello 11 anos depois do recorde e Piquet em Monza, durante a corrida cravou a velocidade de 340,4 Km/h tendo um novo recorde de velocidade em corrida.
No ano seguinte novamente de volta a Monza, David Coulthard travou outra batalha com seu companheiro de equipe Mika Hakkinen nos treinos de sábado, alcançando um novo recorde de velocidade de 361,8 Km/h.
Hakkinen por sua vez chegou próximo de derrubar mais um recorde da era turbo que pertencia a Keke Rosberg desde 1985 de maior velocidade media em um fim de semana.
Rosberg abordo de sua Williams FW10 em Silvestone teve a velocidade media de 258,983 Km/h, contra seu a marca de 251,990 Km/h de seu compatriota.
2004 -2005, quebrando todos os recordes
Mais uma vez em terras italianas a F-1 pode mostrar toda sua velocidade, e novamente um brasileiro cravando mais um recorde.
Antonio Pizzonia até então como piloto de testes(viria ser titular ao fim da temporada), durante os treinos livres em uma das passagens pela reta dos boxes alcançou incríveis 362,5 Km/h.
Mesmo com a primeira passagem que derrubou o recorde anterior, Pizzonia conseguiu em outra passagem alcançar 369,9 Km/h.
No ano seguinte foi a vez da McLaren rasgar a reta de Monza, desta vez com Juan Pablo Montoya, que alcançou os “ignorantes” 372,6 Km/h
Se no treinos a dupla da McLaren dominou, na corrida não foi diferente, com direito a vitória e mais um novo recorde de velocidade em corridas com Kimi Raikkonen chegando a marca de 370,1 Km/h que até hoje não foi ultrapassado.
E mais uma vez um brasileiro foi protagonista com Rubens Barrichello batendo o recorde que foi quase insuperável por 20 anos como maior velocidade media de F-1.
Barrichello alcançou a velocidade media de 260,395 Km/h em Monza, outro recorde ainda não batido até os dias de hoje.
Recorde Absoluto
Ao fim da temporada de 2005, a BAR Honda, resolveu levar um F-1 ao limite jamais alcançado antes os 400Km/h, fazendo uma serie de adaptações aerodinâmicas no modelo BAR 067.
O recorde estava marcado para acontecer no deserto de Sal de Bonneville, porém um evento de shakedown, foi realizado em um pista de pouso em Mojave EUA.
O jovem Alan Van der Merwe, campeão da F3 Britânica, foi o escolhido para realizar o recorde, e já no evento em testes não oficiais alcançou a marca de 415 Km/h em uma das passagens.
Já no deserto de sal o carro enfrentou dificuldade com estabilidade e com o tipo de solo, que fazia o carro se perder com muita facilidade, toda via em passagens preliminares o possante de motor Honda ultrapassou velocidades acima dos 395 Km/h.
A tentativa de recorde foi comemorada pela BAR e por todo time da Honda, pois até então ninguém tinha tentado chegar aonde o time estava, fazendo de sua tentativa algo único, levando uma das maquinas mais avançadas e aprimoradas já feitas ao seu limite máximo.
Espero que gostem e até o próximo post.
Blow the Engine 