Indy X F-1: 20 anos de evolução dos carros

Os carros de Open Wheels, são conhecidos como os carros dinamicamente mais rápidos em todos os quesitos que um carro pode ter.

A F-1 de essência europeia e sua irmã Americana Indy, são os principais representante dessa modalidade de corridas, sendo as mais desenvolvidas tecnologicamente e economicamente dentro do e fora de seu seguimento.

A F-1 por sua vez é mais rápida, sendo capaz deixar para trás coisa com 4 rodas com muita facilidade, podendo ser chamada de maquina perfeita.

A Indy é mais veloz, desde sua criação no inicio do século passado, são as maquinas mais velozes do planeta, por vezes passando dos 400km/h dentro dos seus famosos circuitos ovais, também tendo bom desempenho em circuitos mistos.

Comparar estas 2 categorias tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais, é um assunto que gera muita discussão, e atualmente a Super Licença que sempre é agregada a F-1, tem como nova base de avaliação e pontuação a F-indy como categorias topo que dão direito e o acesso quase que direto a F-1.

Pilotos como Jim Clark, Emerson Fittipald, Jaques Villeneuve, Phil Hill, Nigel Mansell e entres nomes conhecidos na F-1 também fizeram o mesmo sucesso na Indy.

Uma das soluções mais cabíveis de comparar sua força e desempenho é comparar seus maiores carros ao longo dos anos.

1994: Williams FW-16 X Penske PC-23

1994

Em 1994, tínhamos a Williams e a Penske como equipe dominante nas categorias, e ambas tinham brasileiros como pilotos de referencia, Senna como melhor em atuação do momento na F-1 e Emerson Fittipaldi, o Show man na Indy.

Ambos em ótima fase guiando os melhores carros de suas categorias, mostrando todo talento dos brasileiros.

Porém vamos aos fatos que realmente interessa:

Williams

  • Modelo: FW-16
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Williams Pushrod Double Wishbone
  • Largura: 2920mm
  • Motor: Renault RS6/ RS6B / RS6C – V10 3.5L 67º
  • Transmissão: Williams transversal 6 velocidades semiautomática.
  • Peso: 540kg Aprox.
  • Potencia: 830cv Aprox.

Penske

  • Modelo: PC-23
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod na frente e atrás
  • Largura: 2921mm
  • Motor: Ilmor Indy V8 Mercedes 500I 3.43L Turbocharger , 2 valvluas por cilindro 72º
  • Transmissão: Manual 6 velocidades
  • Peso: 703kg
  • Potencia: 940cv

Naquele ano a Williams vinha de 3 anos com resultados muito bons, e tinha o titulo de melhor carro com o melhor piloto.

O FW-16 não tinha mais grande parte dos componentes eletrônicos de seu irmão de 1993, porém tinha tudo para continuar sendo o carro mais dominante por mais uma temporada, mostrando seu potencial com 3 Poles em 3 corridas com Senna ao volante, mesmo sendo um carro instável (como já observado por Senna na pré temporada) com 7 vitórias em 16 corridas a Williams levou o campeonato de construtores de 1994 com 187 pontos somados por Damon Hill, David Coulthard e Nigel Mansell (de volta após levar o titulo da Indy em 1993 com os pés nas costas).

Sendo retirado em 10 provas do ano por acidentes ou quebras mecânicas , o FW-16 foi o melhor carro de F-1 de 1994 mesmo sendo o carro envolvido na tragédia de Imola.

Senna no GP do Brasil de 1994
Senna no GP do Brasil de 1994

Após 3 anos de intensa luta para vencer a Newman-Haas e Nigel Mansell e Michel Andretti movidas pelos poderosos motores Chevrolet e chassis Lola, a Penske contando com Emmo Fittipaldi, Al Unser Jr. e Paul Tracy tinha como principal missão, voltar a ganhar o titulo após 4 temporadas sem levar o caneco, sendo o seu ultimo com Fittipaldi e seu PC-18 em 1989 com uma fantástica consistência e confiabilidade de seu bolido.

Para a temporada de 1994, a principal mudança para a Penske foi a troca dos motores Chevrolet, pelos recém chegados motores Mercedes preparados pela Ilmor.

O PC-23 foi dominante em todas as provas do ano com 12 vitórias entre seus pilotos em 16 corridas não faturando em apenas 4 elas, somadas com 8 poles.

Um dos pontos fortes do carro da Penske era a sua enorme confiabilidade, terminando e pontuando em todas as corridas deixando seus 3 pilotos nas 3 primeiras posições na tabela do campeonato: Unser Jr. 1º, Fittipaldi 2º e Tracy em 3º, terminado a temporada com 313 pontos e levando o titulo das equipes.

Unser Jr. com seu Penske com alterações para circuitos mistos
Unser Jr. com seu Penske com alterações para circuitos mistos

1999: Ferrari F-399 X Chip Ganassi Reynard 99i

1999

1999, os carros vermelhos na F-1 e na Indy, lutaram contra seus maiores rivais: Os motores Mercedes Ilmor

Um fato que pouca gente tem conhecimento é que a Ilmor, muito conhecida pelos motores potentes que tracionavam os carros da Indy, pouco tempo depois de fechar com Mercedes já tinha participação na preparação dos motores da F-1, os temidos FO110H V10.

O time de maranelo tinha Michel Schumacher como piloto em evidencia para vencer as McLarens de Ron Dennis e Adrian Newey.

Ferrari

  • Modelo: F-399
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod Double Wishbone
  • Largura: —
  • Motor: Ferrari Tipo 048 3.5L V10 80º
  • Transmissão: Ferrari longitudinal 7 velocidades semiautomática sequencial.
  • Peso: 600kg Aprox.
  • Potencia: —

A Ferrari começou muito bem o ano, logo com vitória do GP da Australia com Eddie Irvine, e logo em seguida com o 2º lugar de Schumacher no Brasil, o alemão engrenou 2 vitórias seguidas nos GPs de San Marino e Mônaco.

Mas o campeonato guardava surpresas para Michel Schumacher e a escudeira italiana, no GP da Inglaterra, com o acidente que quebrou a perna do alemão, tirando das pistas pelo resto da temporada.

Mika Salo substituindo Schumacher, teve resultados medianos e as vezes abaixo do esperado, assim como Eddie Irvine, dando espaço para as McLarens de Mika Hakkinen e David Coulthard avançar na tabela, chegando ao fim do ano, com o titulo de pilotos para Hakkinen (Já que Irvine foi desclassificado de todas as corridas, deixando o titulo para o Finlandês), e o de construtores para Ferrari, que teve um inicio de temporada mais constante e regular, somando 128 pontos e o primeiro titulo desde o feito de 1983.

Schumacher e sua F-399 no GP da Australia
Schumacher e sua F-399 no GP da Australia

Na Indy Chip Ganassi, estava numa ótima fase com o titulo de 1998 com Alex Zanardi (foi para F-1 disputar o Mundial de 1999), tinha o Colombiano Juan Pablo Montoya como o piloto a ser batido.

Com o novo Chassis Reynard 99i e os motores Honda dando potencia e confiabilidade, os carros da Ganassi dominaram do começo ao fim o campeonato.

Chip Ganassi

  • Modelo: Reynard 99i
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod Double Wishbone
  • Largura: 3037mm
  • Motor: Honda Indy
  • Transmissão: 6 velocidades manual.
  • Peso: 703kg
  • Potencia: ~ 900cv

O chassis Reynard terminou em 1º lugar com 424 pontos, os motores Honda que equipavam os carros da Ganassi, levaram o titulo de fabricantes fechando o ano em 383 pontos, dando a tríplice coroa da Indy para um único carro, construtores, fabricantes e pilotos.

O ponto mais dominante do Chassis Reynard é a sua versatilidade, sendo eficaz em pistas ovais e mistos, junto como “inquebrável’ motor Honda.

Marlboro 500, Fontana, CA, October 28-31 1999
Marlboro 500, Fontana, CA, 1999

2004: Ferrari F-2004 X Andretti-Green Dallara Honda

2004

A Ferrari para temporada de 2004, continuava firme forte rumo ao 4º titulo consecutivo de pilotos e o 5º de construtores, com a dupla dinâmica Barrichello – Schumacher.

O carro de Ross Brawn e Rory Byrne, ganhou assustadoras 15 vitórias, 11 poles e subiu ao podium 19 vezes em 19 corridas, não deixando chance alguma de seus concorrentes cogitar algum titulo.

Ferrari

  • Modelo: F-2004
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod ativada com molas de torção
  • Largura: —
  • Motor: Ferrari tipo 053 3.0L V10
  • Transmissão: Longitudinal 7 velocidades (+marcha ré) semiautomática sequencial controlada eletronicamente, montada sob diferencial com limitador.
  • Peso: 605kg
  • Potencia: ~ 946cv

No fim de 2004 a Ferrari alcançou a marca de 262 pontos, faturando o campeonato de forma antecipada.

F-2004 voando para mais uma vitória
F-2004 voando para mais uma vitória

Na Indy a bandeira brasileira estampada nas provas da categoria norte-americana, a então “novata” Andretti-Green Racing, tinha no seu time ótimos pilotos : Tony Kanaan, Dan Wheldon e Dario Franchitti.

Equipada com a nova geração de motores Honda, montados sob chassis Dallara, os carros da Andretti se mostraram competitivos o suficiente para fazer frente aos carros da Penske e Chip Ganassi, mostrando sua consistência já nas provas do ano.

Andretti-Green Racing

  • Modelo: Dallara IR03
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod Double Wishbone
  • Largura: —
  • Motor: Ilmor/Honda Indy V8 3.0L 90º 32 válvulas DOCH (4 por cilindro) em bloco de alumínio
  • Transmissão: 6 velocidades.
  • Peso: —
  • Potencia: 690cv

Nenhum outro piloto foi mais constante que Tony kanaan em 2004, com 3 vitorias, 6 segundos lugares, 1 terceiro e 16 Top-tens em 16 corridas, chegando no fim da temporada com 618 pontos contra 533 de seu companheiro Dan Wheldon.

Logo no seu segundo ano nas pistas, a Andretti faturou o titulo de construtores e pilotos de 2004 de forma sensacional.

Tony Kanaan, guiando sua Andretti para mais uma vitória em 2004
Tony Kanaan, guiando sua Andretti para mais uma vitória em 2004

2009: Brawn GP BGP001 X Chip Ganassi Dallara Honda

2009

2009 foi um ano controverso na F-1 com a surpresa Brawn GP, feita com os restos da equipe Honda, porém na Indy foi um ano de reafirmação da Ganassi, rumo ao Bicampeonato consecutivo.

Após a saída do time de fabrica da Honda na F-1, Ross Brawn agora fora Ferrari, comprou parte da estrutura da então falida Honda, para montar o seu próprio time, a Brawn GP.

De inicio, Ross Brawn tinha planos de utilizar os motores RA109 da Honda para a temporada, porém o programa de desenvolvimento de componentes para F-1 da Honda foi totalmente descontinuado, fazendo Ross fechar com a Mercedes como fornecedor de motores, que até então equipava a toda poderosa McLaren.

2009, era um ano de esperanças para Ferrari e McLaren, com o ímpeto de repetir do duelo de 2008, mas nem tudo foi como as equipes esperavam, Massa teve o seu acidente, decorrente de uma mola solta da Branw GP de Rubens Barrichello (BGP001 eliminando seus concorrentes de todas as formas), sendo subistituido por Luca Badoer (Luca Bad-all, apelidado pela imprensa britânica em 2009) e Giancarlo Fisichella, que tiveram resultados pífios sendo superados em todas as provas por Kimi Raikkonen. E a McLaren por sua vez teve bons resultados, melhores de que a Ferrari que sofria e se arrastada com o baixo nível técnico de seus pilotos.

Braw GP

  • Modelo: BGP001
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod Double Wishbone
  • Largura: —
  • Motor: Mercedes-Benz FO108W V8 2.4L
  • Transmissão: 7 velocidades semiautomático.
  • Peso: 605kg
  • Potencia: —

O novo regulamento de 2009, previa carros com aerodinâmica mais simples e com menos assistências eletrônicas, abolindo o famoso controle de tração, uma das novidades foi a volta dos pneus “Slick” tentando fazer da F-1 uma categoria mais humana.

Umas das armas da Brawn para aquele ano era o potente motor Mercedes e seu polêmico difusor traseiro que gerava uma estabilidade fora do comum, que dava uma vantagem larga em relação aos seus concorrentes.

Jenson Button de forma avassaladora, ganhou 6 das 7 primeiras provas do ano, 4 delas de forma consecutiva, e Barrichello conseguindo mais 2 vitórias no restante da temporada, garantindo 172 pontos e o titulo de construtores de 2009.

BGP001, o bicho papão de 2009.
BGP001, o bicho papão de 2009.

Na Indy após alternar títulos com a Penske e a Andretti, em 2009 conseguiu engrenar a 7 marcha e pular na frente mais vez com seus belos carros.

A Ganassi contava com os versáteis, porém antigos chassis Dallara (por conta do congelamento de suas economias em 2008) e os motores Honda que traziam as melhorias para sua segunda geração.

Para 2009 a equipe Chip Ganassi, tinha a disposição apenas 2 pilotos para guiar seus carros, o australiano Scott Dixon e o britânico Dario Franchitti, que tinham o difícil dever de bater a esquadra de Roger Penske liderada pelo brasileiro Helio Castroneves e seus companheiros Will Power e Ryan Briscoe.

Nas 17 corridas do ano, 16 foram vencidas por carros da Penske e Ganassi, exceto pelo azarão da Dale Coyne com Justin Wilson no GP de Watkins Glen.

A luta entre as equipes durou até Montegi no Japão, com 8 vitorias para Chip Ganassi e 6 para Penske, falatando 2 corridas para o termino do campeonato, mas Dixon deu um passeio no oval japonês e Franchitti levou a corrida final em Miami, acabando com as chances da Penske empatar no numero de vitórias.

Chip Ganassi

  • Modelo: Dallara IR05
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod Double Wishbone
  • Largura: —
  • Motor: Ilmor/Honda HI11R V8 3.5L 90º 32 válvulas DOCH (4 por cilindro) em bloco de alumínio
  • Transmissão: 6 velocidades .
  • Peso: —
  • Potencia: 690cv
Dario franchitti no seu Dallara IR05
Dario franchitti no seu Dallara IR05

2014: Mercedes W05 Hybrid X  Penske/Chevrolet – Dallara

2014

A atual tendência no esporte a motor atual em busca de tecnologias e fontes de energias renováveis, aproximaram ainda mais as categorias top do automobilismo mundial (F-1, Indy e WEC).

Os Motores turbo , após anos de sua primeira onda de sucesso nos anos 1980, esta de volta no lugar dos habituais motores aspirados.

2014 foi um ano de mudanças tanto na F-1 quando na Indy, após 4 temporadas de domínio de Red Bull na F-1 e Chip Ganassi na Indy, com as mudanças impostas nos regulamentos de ambas as categorias com a introdução dos motores V6 turbo, outras equipes passaram a se sobressair perante aos rivais, Mercedes e Penske.

A Mercedes com o W05 Hybrid, é a detentora do 3º maior índice de aproveitamento da historia da F-1, atrás apenas de carros como Ferrari F-2002 e McLaren Mp4-4.

Com 16 vitórias, 18 poles em 19 corridas, ultrapassando a casa dos 80% em corridas e 95% em classificações o W05 é carro que trouxe o titulo para Mercedes que não vinha desde a década de 1950.

Mercedes

  • Modelo: W05 Hybrid
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod (dianteira), Pullrod (traseira) com molas de torção
  • Largura: —
  • Motor: Mercedes PU106A Hybrid, V6 1.6L 90º Turbocompressor de único estagio,com MGUK e MGUH
  • Transmissão: Mercedes/Xtrac 8 velocidades (+marcha ré) semiautomático sequencial  .
  • Peso: 691kg
  • Potencia: ~730cv

A unidade de potencia do motor Mercedes é uma obra prima da engenharia, que permitiu que Lewis Hamilton e Nico Rosberg, lutassem sozinhos pelo titulo de pilotos dando uma vantagem ampla para Mercedes faturar o campeonato de construtores de forma isolada, somando 701 pontos no fim da temporada.

O motor V6 turbo híbrido, consiste em um motor a combustão acoplado com mais 2 motores elétricos o MGUK e o MGUH, que funcionam da seguinte forma:

MGUK: Motor generator Unit-Kinect ou Motor gerador de unidade cinética, tem a função de acumular a energia liberada pelo atrito dos freios do carro, podendo acumular até 2MJ de potencia, liberando cerca de 161cv e força extra durante 30s por volta.

MGUH: Motor generator Unit-Heat ou Unidade de motor gerador de calor, tem como função, absorver a energia térmica liberada pela turbina que sobrealimenta o motor a combustão, liberando força ilimitada ao carro, desde que seu turbocompressor esteja funcionando corretamente.

1069940669-17391828120142014 para Indy marcou a volta da Chevrolet como fornecedora de motores, com força o suficiente para liquidar com o império dos motores Honda.

Desde 2006 quando Sam Hornish Jr. ganhou o campeonato , a Penske vive a árdua tarefa de superar os carros da Chip Ganassi, porém com a introdução dos motores V6 turbo, a gloriosa parceria Penske/Chevrolet dos tempos de Fittipaldi poderia estar de volta.

Os novos Chassis Dallara com varias mudanças voltadas para o ganho de segurança (por conta da morte de Dan Wheldon em 2012) e os recém chegados motores Chevrolet foram os ingredientes principais da formula para vencer o campeonato de 2014.

Juan Pablo Montoya, Hélio Castroneves e Will Power, foram os pilotos encarregados de combater o time repleto de pilotos talentosos da Chip Ganassi composta por Ryan Briscoe, Scott Dixon, Tony Kanaan e Charlie Kimball, equipados com os mesmos chassis Dallara e motor chevrolet.

Penske:

  • Modelo: Dallara DW12
  • Chassis: Monocoque em fibra de carbono
  • Suspensão: Pushrod Double Wishbone
  • Largura: —
  • Motor: Chevrolet IndyCar V6 Twinturbo Borg Warner 1.6 bar, 2.2L Valvulas de titânio (4 por cilindro) com sistema ECU McLaren 400i
  • Transmissão:  7 velocidades sequencial  .
  • Peso: —
  • Potencia: 575/ 625/ 675cv Aprox.

Will Power e Hélio Castroneves foram os protagonistas da temporada com certa dominância em quase todas as provas do ano, com 3 vitórias para Power contra 1 de Castroneves, que garantiu o titulo de equipes para Roger Penske.

Ambos tiveram uma ótima consistência durante o ano, chegando a ultima prova do ano com o titulo em aberto, porém outro brasileiro foi o pivô da prova que decidiu o campeonato, Tony Kanaan pela Ganassi (olha ela ai denovo), ganhou a prova de Fontana, com Castroneves em 14º lugar e Power em 9º, depois de bater na trave em varias ocasiões o australiano levou o titulo de 2014 deixando em “cacos” o brasileiro Hélio Castroneves.

Castroneves com a pintura clássica, 500 milhas de 2014
Castroneves com a pintura clássica, 500 milhas de 2014

Agora que mostramos alguns dos carros mais notáveis dos últimos 20 anos, vamos fazer um tira teima final entre as categorias com os quesitos:

Carros

Formula Indy Formula 1
  • Os carros são todos iguais, fornecidos pela mesma empresa, a Dallara, e as equipes fazem apenas ajustes a seus gostos
  • Carros mais robustos para aguentar pancadas em circuitos ovais, onde não tem área de escape. Carros mais pesados e com um corrimento em baixo do carro para os deixar “grudados” no asfalto. Chassis desenvolvidos para alta resistência (mais fortes e mais pesados que os dos F-1), e que podem ser comprados por qualquer equipe por cerca de US$ 500 mil
  • Peso (carro + piloto): 676 kg
  • Tamanho: 201,1 cm de largura e 501,2 cm de comprimento
  • Motores: Honda ou Chevrolet 3.5 V6 Biturbo e 700 HP, em média, e que giram até 12.000 rpm
  • Câmbio: Câmbio de metal. Mais pesados que os da F-1. Sete marchas, borboletas no volante
  • Combustível: Etanol E85
  • Tanque de Combustível: 185 litros
  • Controle de tração e transmissão semiautomática não são permitidos
  • Os modelos da F-1 têm uma estrutura muito mais complexa e são todos diferentes entre si, já que cada equipe é obrigada a fazer o seu próprio modelo – ou comprá-lo pronto. Os Fórmula 1 não têm a mesma resistência de correr em alta rotação na 8ª marcha – em geral, não precisam
  • Peso (carro + piloto): 690 kg
  • Tamanho: 180 cm de largura e cerca de 470 cm de comprimento
  • Motores: Feitos independentemente por diversas fábricas. 1.6 turbo e 750 HP, em média, e limitados a 15.000 rpm
  • Câmbio: Câmbio de carbono. Semiautomático, de 8 marchas, borboletas no volante
  • Combustível: Gasolina especial para corridas (com alta octanagem)
  • Tanque de Combustível: 250 litros (a partir de 2010)
  • Transmissão semiautomática são permitidos,

No quesito carro, o F-1 se mostra mais bem equipado que o Indy, mesmo os modelos atuais sendo ligeiramente mais pesados que seus irmãos americanos, Ponto para o F-1.

Velocidade e dirigibilidade

Formula Indy Formula 1
  • Carro mais pesado, tornando-o fisicamente mais difícil de dirigir que um F-1
  • Direção mecânica
  • Freios de carbono – eram de aço até 2011
  • Recorde de velocidade (media): Gil de Ferran – 388,5 km/h no oval de Fontana em 2000
  • Recorde oficial de velocidade máxima: André Ribeiro 407 Lola-Honda T9 em 1996.
  • Pneus: Não possuem ranhuras. Larguras: 258 mm x 308 mm
  • carro mais veloz em retas e curvas abertas
  • Mais tecnológico, facilitando a vida do piloto.
  • Direção hidráulica
  • Freios de carbono
  • Recorde de velocidade (em corrida): David Coulthard – 361,8 km/h
  • Pneus: Larguras: 245 mm x 305 mm – intermediários e para chuva com ranhuras
  • Carro com melhor frenagem, melhor aceleração e melhor controle na curva

Analisando o termo velocidade pura, não existe como não dar um ponto para o Indy, porém suas dificuldades de pilotagem perante o F-1, concede também mais um ponto aos F-1, no geral até agora 2X1 contra os Indy

Equipes

Formula Indy Formula 1
  • Poucos os casos em que equipes contam com carros com pinturas iguais (exemplo: os Chip Ganassi)
  • Já houve casos de equipes com 4 carros numa mesma temporada
  • Tamanho das equipes: Cerca de 40 (total geral), 6 mecânicos no pit-lane
  • Os próprios pilotos escolhem os números de seus carros
  • Equipes contam com carros com pinturas iguais. Em 1999, a BAR tentou participar do campeonato com os carros com pinturas diferentes. A FIA vetou
  • Limitado a 2 carros, mais um reserva
  • Tamanho das equipes: Cerca de 120 (total geral), 14 mecânicos no pit-lane
  • Até 2014, os números eram escolhidos de acordo com o desempenho do piloto e da equipe na temporada anterior

O batalhão de pessoas envolvidas dentro de uma equipe de F-1, pode justificar sua superioridade perante o Indy nos quesitos anteriores, 3X1 para F-1.

Corridas

Formula indy formula 1
  • Treinos livres: Tem mais treinos. No sábado são três sessões livres. De manhã, na primeira, meia hora só para os novatos (chamados de “rookies”)
  • Treino classificatório para o grid de largada: A primeira parte é dividida em dois grupos, por sorteio. São 20 minutos para tomada de tempo. Passam os seis melhores tempos de cada lado para a segunda etapa, que tem 15 minutos. Daí, os seis mais rápidos de cada grupo fazem a superpole, que dura dez minutos
  • Largada: Os carros têm de formar uma fila dupla em movimento (tripla em certos ovais), e aceleram com o aceno da bandeira verde
  • Pit Stop: pode-se parar na volta que o Safety Car entra na pista
  • Pontuação: Todos os carros que alinham no grid pontuam. Se não largar, aí recebe a metade. Existe também pontuação para volta mais rápida e mais voltas lideradas
  • Treinos livres: Os pilotos treinam na sexta (duas sessões de 1h30min, com exceção de Monte Carlo que é na quinta-feira) e no sábado (mais 1h), antes da definição do grid. No domingo, só tem a corrida
  • Treino classificatório para o grid de largada: A definição do grid de largada é dividida em três sessões eliminatórias, ficando fora sete carros/pilotos em cada, até que os dez mais rápidos da segunda etapa fazem uma final
  • Largada: Os carros ficam parados no grid e largam quando as luzes vermelhas de sinalização apagam
  • Pit Stop: Pode-se parar na volta que o Safety Car entra na pista, embolando a corrida e trazendo o fatores “sorte” e “estratégia” às corridas
  • Pontuação: Pontuam apenas os dez primeiros colocados

A complexidade de regulamentos da F-1, que restringem que supostos azarões surpreendam na corrida, mesmo que teoricamente não pareça.

Em contra partida, a Indy é muito mais aberta e generosa com suas pontuações, proporcionado eventuais surpresas em cada corrida somando mais um ponto, 3X2 até agora.

Vamos para o quesito menos interpretativo e mais afirmativo, vamos comparar o desempenho dos carros numa mesma pista em que também no mesmo ano foram disputadas corridas de suas respectivas categorias.

2002

  • Em 2002, tanto a F-1 quanto F-Indy andaram na pista de Montreal no Canadá (Circuito Gille Villenuve ) com o mesmo traçado para as duas categorias.
Formula Indy formula 1
  • Pela Indy, Cristiano da Matta da Newman-Haas fez a pole com o tempo de 1:18.959
  • Pela F-1, Juan Pablo Montoya da Williams fez a pole com o tempo de 1:12.836 – Alex Yoong da Minardi fechou o grid com o 1:17.347.

2003

  • Em 2003, voltaram a mesma pista, porém com uma pequena alteração na pista da F-1 (uma chicane) o que deixou a pista um pouco mais lenta para os F-1.
Formula indy formula 1
  • Pela Indy, Alex Tagliani da Forsythe fez a pole com o tempo 1:19.665
  • Pela F-1, Ralf Schumacher da Williams fez a pole com o tempo 1:15.529, e Ralph Firman da Jordan fechou o grid em 1:18.692.

2004

  • Em 2004, a F-1 e a F-Indy vontaram a andar no mesmo traçado de Montreal no Canadá.
formula indy formula 1
  • Pela Indy, Sebastien Bourdais da Newman Haas fez a pole em 1:19.897
  • Pela F-1, Ralf Schumacher da Williams fez a pole em 1:12.275, e Zsolt Baumgartner da Minardi fechou o grid em 1:17.064.

2005

  • Em 2005, ambas correram em Montreal, mas voltou a pequena alteração na pista da F-1 (a chicane) o que deixou a pista um pouco mais lenta para os F-1.
formula indy formula 1
  • Pela Indy, Sebastien Bourdais da Newman Haas fez a pole em 1:20.396
  • Pela F-1, Jenson Button da BAR fez a pole com 1:15.217, e Patrick Friesacher da Minardi fechou o grid com 1:19.574.

2006

  • Em 2006, voltaram a mesma pista, com a mesma alteração da chincane para a F-1.
formula indy formula 1
  • Pela Indy, Sebastién Bourdais da Newman Hass fez a pole com o tempo 1:20.005
  • Pela F-1, Alonso fez a pole com o tempo de 1:14.942 e Franck Montagny da Super Aguri fechou o grid com o tempo 1:19.152.

Analisando os dados de pista acima, a superioridade dos carros de F-1 é reafirmada, mostrando que até mesmo os carros mais fracos, conseguem ser cerca de 1,5s mais rápidos que os poles da Indy fechando em 4X2 para F-1.

As palavras que resumem de melhor forma esta comparação entre estas maquinas da velocidade são as mesmas que as do jornalista  Fábio Henrique, colunista do site do “Blog da Indy”:

A Fórmula 1 tem como objetivo ser a nata de toda tecnologia e desenvolvimento automobilístico. Tudo é feito visando o aperfeiçoamento tecnológico, cada peça de um F1 é projetada no seu limite e tudo é feito para superar recordes ano após ano. Existe o pensamento de que a F1 é o maior laboratório tecnológico da área automotiva, um verdadeiro campo de provas onde é investida grana pesada para o desenvolvimento de componentes que talvez possam vir a um dia serem usados nos carros de rua. Já a Fórmula Indy tem o princípio de existir como um campeonato automobilístico cuja única função é o esporte em si. (…). A Fórmula 1 busca tecnologia limitada apenas pelo seu próprio regulamento e pela vastidão do infinito. A Indy tem como objetivo uma das filosofias da Fórmula 1, que é a competição como esporte.

Espero que gostem e até o próximo post.

SOFTWARE MENTAL ” SUPERVENCEDOR – APROVEITE 1OO¨% DO SEU PODER MENTAL E TENHA SUCESSO

5 comentários em “Indy X F-1: 20 anos de evolução dos carros

    1. Sim, confesso que é muito mais fácil achar informações de F1 de que Indy, mas o foco foi nos últimos 20 anos, os quais tem um pouco mais de informação de ambos.
      E muito obrigado por ajudar com esta fonte que é muito boa por sinal!, observações como esta que ajudam na qualidade dos textos.

      Curtir

Deixe um comentário