Desenvolvido pela Toyota em parceria com a sua subsidiada Yamaha, com o projeto original de Jiro Kawano o pai do Toyota 2000GT, foi idealizado para competir nas corridas dentro Japão, com especificações técnicas do grupo 7 da FIA, muito similar aos carros de CanAm, que corriam no ocidente.
Jiro Kawano tinha feito bom nome com seu projeto prospero, o 2000GT, foi escalado mais uma vez para desenvolver um carro levando o nome da Toyota, porem agora voltado para as pistas.
Com a Yamaha incumbida de construir um chassis vencedor, a Toyota tinha a missão de fazer um motor potente e confiável que pudesse fazer frente aos seus rivais de motores Chevrolet e Porsche.
A Yamaha por sua vez deu ao 7, um belo chassis de alumínio e fibra de vidro, dando leveza e funcionalidade as suas formas sinuosas.
Inicialmente a Toyota deu ao seu prototipo conhecido internamente como 415s, um motor V8 de 3.0L, que foi trocado pelo 6 em linha usado no 2000GT que desenvolvia cerca de 300cv, equipado com cabeçotes duplos e 4 válvulas por cilindro, toda via o mesmo V8 utilizado nos anos seguintes foi refeito ganhando uma versão mais potente de 5.0L e 600cv a 8000 RPM.
Em 1968 a Toyota inscreveu 4 carros no Grand Prix Japonês daquele ano, e os 2 carros sobreviventes, acabaram em 8º e 9º lugar atrás do principal competidor japonês da época a Nissan.
A Nissan tinha na prova os novos R381 e os já conhecidos R380 nos 6 primeiros lugares da corrida, e a Porsche por sua vez acabou também a frente da Toyota com seu 906 no 7º lugar.
Ainda em 1968, os 7’s disputaram os 1000km de suzuka onde tomaram as 4 primeiras posições da prova. Nas 200 milhas de Fuji novamente contendo carros de CanAm, os Toyotas terminaram em 5º, 6º, 7º, 8º e 9º respectivamente.
Para 1969, os problemas do carro de 68 foram resolvidos e seu chassis foi alterado com sua carroceria redesenhada para obter maior downforce na parte dianteira do carro, rebatizado com Novo 7 ou 474s.
Os 7’s, mostraram novamente o seu potencial, vencendo mais uma vez os 1000km de suzuka, porém no GP do Japão, mesmo batendo a esquadra alemã da equipe de fabrica da Porsche com seus 917, a Nissan com seus novos R382 ficaram com as 2 primeiras posições da corrida e 1 volta de vantagem sobre a Toyota, provando ser muito difícil de competir mesmo com novo modelo 474s.
Em 1970 a Toyota decidiu tornar o 7 o carro definitivo para vencer seus rivais dentro e fora do Japão, dando ao seu motor V8 de 5.0L dois Turbocompressores sobrealimentando o carro gerando assombrosos 800cv de força.
A carroceria também foi toda revisada e melhorada, adicionando uma asa maior na parte traseira, em busca de melhor downforce e tração, somando 642kg para o carro de 1970.
Mas neste mesmo ano a JAF (federação japonesa de automobilismo), revisou as regras para carros open wheel, forçando a Toyota encerrar seus projetos com o 7, mesmo terminando o novo carro o 578A
A Toyota tinha planos de entrar de vez na CanAm com o 7, porém seus dois pilotos Sachio Fukazawa e Minoru Kawai, morreram fatalmente em testes de versões do 7, fazendo assim dele o unico prototipo de corridas da marca até os anos 80.
O Toyota 7 foi utilizado mais uma vez 1970, como base para o EX-7, exibido no Tokyo Motor Show daquele ano, sendo retirado os turbocompressores do motor V8, fazendo cair a potencia para 450cv, e com uma nova carroceria coupe no estilo streamliner similiar aos super carros da época.
O Toyota 7 de 1970 foi o carro definitivo para as corridas, que nunca chegou se quer a participar delas, sendo assim injustiçado por regulamentos como outros carros no mesmo ano (Chaparral 2j, Plymouth Superbird/Dodge Charger Daytona e muitos outros), mas eternizado por fãs em varias outras formas.
Esse foi um breve resumo sobre uma das lendas das pista, espero que gostem, e até o próximo post.
Blow the Engine 