Link do post anterior:
https://blowtheengine.wordpress.com/2015/06/24/chaparral-o-mito-das-pistas/
Em continuação do post anterior, o Chaparral 2J, foi o pioneiro (assim como o 2E) a utilizar o efeito solo, que anos mais tarde também seria incorporado na F1 (Brabham BT46). O 2J contava com duas grandes ventoinhas (provenientes de um motor de blindado militar), que puxava o fluxo de ar em contato com o solo, gerando aderência por indução mecânica, literalmente grudando o carro no asfalto. O carro também contava com saias laterais feitas de Lexan nas pontas, que se entendiam até o solo, cobrindo por inteiras as rodas traseiras diminuindo o arrasto aerodinâmico. A suspensão tinha a distancia aproximada de 1 polegada do solo, ajudando as ventoinhas criar o vácuo entre o chassis e a pista, sem que nenhuma irregularidade da mesma pudesse afetar o desempenho do carro em qualquer que fosse a velocidade, podendo gerar de 1.25 à 1.50 de força G. Estes avanços tecnológicos, davam ao 2J uma margem de vantagem 2s nas qualificações em relação ao segundo colocado, porem problemas mecânicos constantes só permitiu que o 2J completasse apenas uma prova em 1970, mesmo que engolisse os adversários nos tempos de classificação. Esta vantagem que podia ser ampliada caso fosse resolvidos os problemas do carro, foi o fator que fez a SCCA banir o carro das corridas em 1970 por pressão das outras equipes (em particular a Mclaren), argumentando que o 2J não era ilegal, mas tal vantagem podia “Matar” a categoria.
![O motivo do assombroso desempenho do Chaparral 2J](https://blowtheengine.wordpress.com/wp-content/uploads/2015/06/chaparral-2j.jpg?w=300&h=225)
Jim Hall iniciou em 1971 o projeto do 2H, um modelo muito controverso por conta do formato de sua carroceria.
O 2H correu até meados dos anos 70 com alguns pares de resultados satisfatórios. Porém existe uma mística maior sobre o real motivo das formas do 2H, que teoricamente seria quase um Streamliner por ter baixa pressão aerodinâmica porém tinha um desempenho considerável como se não precisasse de fato da “Downforce” .
A era chaparral na indy
Os trabalhos na CART se iniciaram em 1978 com Al Unser guiando os carros de Hall equipados com motores T-500 Cosworth DFX, com o intuito de ganhar as 500 milhas de Indianapolis na quele ano com Chaparral com 2K.
Em 1979 Al Unser chegou perto de conseguir o feito de conquistar as 500 milhas com 2K, liderando 89 das 200 voltas previstas, até que na volta 105 o motor Ford deixou ele sem chances de qualquer resultado satisfatório.
No fim da temporada Al Unser levou seu Penzoil Chaparral para a vitoria na ultima prova do ano em Phoenix, dando uma boa perspectiva para 1980
No ano seguinte, Al Unser por conta de desentendimentos com Jim Hall, deixou a equipe e Johnny Rutherford foi nomeado piloto para temporada de 1980.
Agora com o numero 4 estampado no carro, Rutherford levou 5 provas da temporada incluindo as tão sonhada 500 milhas e ao fim da temporada o titulo de 80.
Na temporada de 1981, Rutherford iniciou o ano com a vitória logo na corrida de abertura com campeonato, deixando o pessoal da Jim Hall Racing esperançosos para o decorrer da temporada, mas o destino não deixou Rutherford conseguir o Bi em Indianápolis, tomando a ponta e após 3 voltas lideradas e faltando 25 para fim da prova, a bomba de combustivel parou e Johnny teve que voltar a pé para os boxes , com mais resultados inconsistentes conseguiram o 5º lugar ao fim do ano de 81.
Nos anos seguintes, o chassis 2K se mostrava ultrapassado em sem grandes resultados Hall se retirou da Indy.
Anos depois já na década de 1990, Jim Hall voltou a Indy em parceria com a VDS racing em 1991 com John Andretti como um dos pilotos de nome importante, posteriormente substituído em 1993 por Teo Fabi. Em 1995 trouxe o então novato Gil de Ferran conquistando o GP de Laguna Seca no seu ano de estreia pela Hall. Ferran correu até 1996, conquistando 7 vitórias com os carros de Hall ao longo de 2 temporadas.
Hall conquistou na Indy 13 vitorias e 2 Titulos pela CART e USAC.
![Gil de Ferran com seu Hall VDS](https://blowtheengine.wordpress.com/wp-content/uploads/2015/06/02uctdn.jpg?w=300&h=200)
A Chaparral sempre será lembrada por seus feitos dentro e fora das pistas, e sempre será lembrada por seus avanços tecnológicos em uma época de certas limitações.
Atualmente pertencendo ao grupo GM mas ainda sob direção de Jim Hall, foi lançado para o Gran Turismo 6 o Chaparral 2X, um prototipo com o conceito de motor a laser.
E este foi apenas um resumo da historia vencedora da Chaparral no automobilismo.
Muito Obrigado e até o próximo post.
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